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Bibliografia para o CACD

 Eu amo esse blog, o Diplomatizzando, e olha aqui o que eu achei, uma indicação ótima, relativamente atual, de bibliografia. (berrooooooooo) https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/05/manuais-dos-concursos-para-carreira.html

À Cultura inerem as condições de meditação e calma

 Guimarães Rosa --- Examinador de Cultura. Este é o título de um texto do diplomata Rubens Ricúpero cujo link está acessível publicamente na internet e deixo aqui pra vocês. Nele, Ricupero nos conta como foi ser examinado pelo ilustre escritor na disciplina de Cultura Geral, parte do exame do Itamaraty à época (1956). O relato é deveras interessante e vale a pena a leitura. Cada vez que volto neste blog, tenho uma relação diferente com os estudos para a carreira diplomática. Oras estou em imenso afinco, oras apenas me deleito, porque é matéria que me interessa. Já não sou nenhuma jovem e a carreira parece limitada para mim, mas ainda sonho em entrar, penso ser possível, às vezes me iludo, às vezes me decido. Já não sou tomada pelas angústias da possibilidade de não viver um sonho. Aos 42 anos sei que a vida tem seu próprio curso e sempre traz coisas interessantes e maravilhosas, alinhadas a nossos sonhos ou não. Os sonhos ficam lá, como horizonte, como meta, como inspiração. Uns irão

Treze Dias Que Abalaram O Mundo

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  FILMAÇO!! Poderia escrever só isso e o post já estaria completo. (Parece que essa semana só fiz assistir filmes, não é mesmo? haiahiahia! Vai estudar!) Assisti por indicação de uma aula de história. Uau! Foi uma verdadeira aula de diplomacia, política externa e militarismo. 2 horas e meia de pura adrenalina. Muita negociação, tensão, idéias e, principalmente, humanidade. Apesar de ser dirigido pelo neozelandês Roger Donaldson, é uma produção americana. A música é um filme a parte, conduzindo completamente nossas emoções. É de Trevor Jones, sulafricano e vale demais a pena prestar atenção nela especificamente. Aqui não vale spoiler porque todo mundo sabe o final. É a história do famoso episódio de política internacional que ficou conhecido como "a crise dos mísseis em Cuba". Apesar de estar no período conhecido em Relações Internacionais como de "Coexistência Pacífica" da Guerra Fria, assistindo o filme se compreende que apenas não havia luta armada, mas de "p

O Dilema das Redes

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 O Dilema das Redes, de Jeff Orlowski, é um documentário que trata de eventos bastante recentes, como a virada política através das fake news e comportamentos sociais diante da pandemia. Comportamentos de risco, revoluções, movimentos sociais e ditaduras que se apoiaram nas redes sociais para ganhar adeptos, espalhar-se ou virar o jogo de maneira manipulativa. Ele mostra muitos executivos das principais mídias sociais, criadores, engenheiros, bem como pesquisadores de universidades de ponta dos EUA que analisam o fenômeno da mudança do mundo através dos algoritmos de vendas. Uma crítica necessária ao nosso novo mundo, completamente imerso nas redes e tecnologias 24h por dia. É um novo modo de funcionamento do mundo, afetando, necessariamente, também as relações internacionais, à medida em que influencia a política e as relações de poder interestados, inclusive os conceitos de democracia, as teorias da conspiração, a influência ou desimportância de agências transnacionais - fenômenos qu

Princípios da Educação Online

PIMENTEL, Mariano; CARVALHO, Felipe da Silva Ponte. Princípios da Educação Online: para sua aula não ficar massiva nem maçante!  SBC Horizontes , maio 2020. ISSN 2175-9235. Disponível em: < http://horizontes.sbc.org.br/index.php/2020/05/23/principios-educacao-online >. Acesso em: 18 de novembro de 2020. Este artigo trata da diferença entre educação à distância e educação online. Foi escrito por especialistas que trabalham com Educação à Distância a anos e eles compreendem que o tipo de educação a que fomos lançados agora, por motivos de pandemia, não é Educação à Distância, não foi pensada para isso. É uma educação que está sendo feita pela internet, o que não é a mesma coisa. Eles criticam a própria educação à distância que, em sua maioria, até agora apenas trouxe a educação instrucionista-massiva, ou seja, que apenas expõe o aluno a conteúdos que ele deve absorver. E fazem reflexões críticas a respeito de tudo isso, sugerindo modelos para o uso das ferramentas digitais de modo

Esquina

 Tenho estudado bastante relações internacionais e os assuntos do concurso. Estou em diversos grupos de estudantes também. Percebo que o discurso é muito elitista e inacessível a quem realmente deveria fazer a política externa brasileira: o povo. Me encontrei completamente na área. Não sei porque fui fazer outras coisas da minha vida. Hihaiahi. É muito aqui que quero ficar. Estou fazendo a graduação em relações internacionais (terceira!) e completamente apaixonada. Realmente...as tragédias só vêm para duas coisas: para te ensinar grandiosas lições ou te forçar a mudar de vida. No meu caso, foi para mudar de vida. E estou deliciosamente mudando. Me encontrei! Quero trazer toda a minha bagagem de estudos acadêmicos, saúde mental, feminismo, arte, artivismo, composição, música, escrita, movimentos sociais - tudo isso tem que estar no meu fazer diplomático, na internacionalista que estou me formando. Vou compartilhar aqui tudo que eu puder. Deixar acessível para todas o que vou descobrindo

Layla M. [contém spoiler]

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  O filme Layla M. da diretora holandesa Mijke de Jong trata de um evento que tem acontecido na Europa: jovens muçulmanos desejam um retorno às suas origens e viajam ao Oriente Médio para viver de modo mais radical o islamismo. Com o enfraquecimento do Estado Islâmico na região após a morte de Osama Bin Laden, esses jovens desejam retornar a seus países europeus de origem e, conforme o filme, cada país tem tratado a questão de modo diferenciado. Como receber um cidadão que pode ter trabalhado em ações terroristas? Por um lado, ele tem direito a retornar a seu país. Por outro, não se sabe ao certo que participações ele pode ter tido ou que tipo de treinamentos relacionados ao terror. Uma difícil questão internacional se coloca. Foi muito importante assistir este filme para minha formação como internacionalista. Pude ver a visão de países nórdicos sobre as segundas e terceiras gerações de imigrantes, já nascidos ali; o tratamento que dão a extremistas (repulsa social e policiamento osten